terça-feira, 11 de março de 2008

O Ano do Jornalismo Caô

Tá bem que estamos em Março, mas como o ano ainda está meio frio, me veio um momento retrospectiva.

A imprensa de games deu "copiar e colar" na frase "2007 foi o melhor ano dos games". But was it really? Não que tenha sido ruim, muito pelo contrário. Mas daí pra falar que foi o melhor ano de todos é apostar no cavalo errado.

Toda geração de videogames é (quase) sempre igual - temos começos hesitantes, seguidos por períodos de grande criatividade e experimentação, que culminam inevitavelmente no engavetamento do sistema justamente no momento em que os desenvolvedores aprenderam a tirar 100% dele.

Mil novecentos e dois mil e sete está longe de ser o auge desta geração.


Daí que anos como 1998 e 2005 foram muito mais importantes para a "indústria" (odeio esse termo). Afinal de contas, o que 2007 teve de tão especial? Trocentas continuações de Halos, Marios, Metroids e Call of Duties? Um Playstation 3 que ainda não mostrou a que veio? Os piores jogos third-party já feitos para um console da Nintendo?

Não me entendam mal, os blockbusters são excelentes. Tipo que Rock Band chuta todos os traseiros. Mas do ponto de vista "macro", é uma evolução totalmente no-brainer, considerando o sucesso de Guitar Hero. Deus, se colocassem Homer Simpson como CEO da Harmonix ele teria tido essa idéia. Se você pensar bem, é só uma compilação de vários jogos musicais que já existiam antes.

E o jogo do ano é Mario Galaxy/Bioshock.


Esse último aí merece um post próprio, mas o encanador a gente mata rápido: cadê a inovação do Wii? Mais uma vez, não me entendam mal. Galaxy é fabuloso. Perfeito como um game de Miyamoto deve ser. Mas ele poderia ser jogado no Gamecube. Diabos, ele poderia ser jogado até com um maldito Six-Axis, descartando o tal "coletor de estrelinhas" - que por sinal é dispensável no conjunto da obra.

Esse foi o ano em que os jornalistas deram notas máximas para Halo 3 e Call of Duty 4, e o pobre Assassin's Creed levou vários quiabos. Se a minha opinião interessa a alguém, eu sempre troco um game ultra-polido (mas clichê) por outro que, apesar de ter problemas, tenta ir além do que já é aceito pelo "gamer médio".

Agora, o que acontece quando um jogo quebra todos os paradigmas e ainda tem a pachorra de ser incrivelmente sólido em todos os aspectos e vir embalado junto com outros dos melhores jogos do ano pelo preço de um?


Portal é o grande jogo de 2007.

Explico no próximo post. Aliás, explico também porque Bioshock foi o jogo mais superestimado do ano passado, e Assassin's Creed o mais controverso.

Stay tuned.

Um comentário:

Daniel disse...

Dá para escrever logo suas críticas de Bioshock e Assassin's Creed??? hehehheh Ótimo post.