quinta-feira, 13 de março de 2008

O Clichê do Top-Algo (Parte 1 de 5)

Tinha que acontecer. You saw that coming.
Um colega aqui do trabalho me flagrou atualizando o blog e perguntou: qual o melhor game de todos os tempos? Sem pensar muito, respondi que, na minha humilde opinião, ******** era a melhor coisa ever.
Daí que resolvi pensar muito e fazer o Top 10 Meus Jogos Favoritos. Que banca, hein?

Quero ver quem vai ser o primeiro imbecil que vai me chamar de "ista" depois de descobrir que quase todos são games de PC. Ou então que o jogo "x" é melhor que o jogo "y". Antes que isso aconteça, já explico: são os meus jogos favoritos. Além do mais, o post também é meu, e o blog é meu, e a bola é minha. Não gostou chora, seu emo.


11 - Portal

Sim, o Top10 costuma ter dez itens, mas Portal correu por fora. Como eu já fiz um post imenso só pra ele, e é um jogo muito recente, ele merecia ser mencionado. Agora passemos à décima posição.



10 - Cave Story

Podem me chamar de indie saudosista, mas quem não jogou Cave Story não sabe o que está perdendo. Sabe quando nós, que escrevemos sobre games, usamos aquele clichê de "à frente de seu tempo"? Pois então.

Cave Story é um jogo atrás de seu tempo.

Perdido e desorientado em meio aos jogos da era dos shaders e do multiplayer massivo, está o clássico da era 8-bit que não foi. Cave Story (ou Doukutsu Monogatari, no original japonês), se tivesse sido lançado no final dos anos 80, teria sido daqueles grandes clássicos do calibre de Zelda e Metroid, que aquecem nosso coração toda vez que nos vêm à memória.

O mais impressionante é que o responsável por essa obra-prima é um cara só, Daisuke Amaya - a.k.a. "Pixel". O cara lançou o game gratuitamente em 2004, após 5 anos de labuta. Tinha que ser japonês né? Se um dia eu ver um japonês voando, não vou nem me assustar.

O brilhantismo de Cave Story é combinar, com competência, os diálogos e história de um típico RPG japonês com sequências de ação em plataforma que lembram Metroid. A apresentação simples esconde um jogo muito ambicioso, cheio de surpresas no melhor estilo Zelda, em que você volta a áreas já visitadas com novos item que possibilitam acessar novos lugares e descobrir segredos e easter eggs.

Ainda por cima há vários finais distintos - qual não foi minha surpresa ao perceber que um vídeo do jogo no Youtube continha personagens que já tinham morrido na minha partida, além de linhas de diálogo completamente diferentes?

Esse jogo é como aquele livro que você leu várias vezes, mas que de ano em ano sempre acaba redescobrindo e gostando de tudo outra vez. Os personagens são ótimos, a música retrô é fantástica, e o jogo é obrigatório. E grátis. Ah, e por favor, use um controller ao invés de mouse e teclado, ok?





09 - The Longest Journey


Ah, os adventures dos anos 90. São tantos e tão bons que chega a me doer o coração ter que escolher só um. Tim Schafer que me perdoe, mas o meu favorito só poderia ser The Longest Journey e sua formidável sequência, Dreamfall.

Os games narram as aventuras das garotas April (LJ) e Zoey (Dreamfall), e a conexão entre seu mundo, Stark, e o plano alternativo Arcadia. Ambas são personagens incrivelmente bem-construídas, e é impossível jogar LJ e não acreditar que aquelas são pessoas reais, com seus medos, sonhos e imperfeições. A história das duas, que se cruzam lá pelo meio do segundo título, ainda está inacabada. Aliás, Dreamfall trouxe tantos mistérios (e resolveu tão poucos) que deixaria até alguns fãs de Lost com o cabelo em pé. Pelo menos compensou com gráficos e direção de artes impecáveis, assim como na aventura de April, além de voice actings também excelentes.

Tá certo que os combates toscos e os puzzles simples deixam Dreamfall um pouco aquém do original, mas vale (muito) a pena experimentar os dois títulos. Fica a dica.



((CONTINUA, VIU?))

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